Setor metalúrgico lança Metal Portugal para reforçar internacionalização
“O setor metalúrgico e metalomecânico lançou no passado dia 15 de abril a Metal Portugal, uma marca que pretende reforçar a notoriedade dos produtos nacionais, que em 2014 bateram o recorde em exportações, para cerca de 200 países.
Na sua apresentação, o ministro da Economia, Pires de Lima, destacou a capacidade exportadora do setor, que depois de um aumento de 13% no ano passado, está a registar, nos primeiros dois meses do ano, um aumento de 15% nas vendas para o exterior.
Entre 2010 e 2014 as exportações do setor aumentaram 30%, mas a manter-se o ritmo de crescimento de janeiro e fevereiro, estima-se que o crescimento possa atingir os 40% entre 2010 e 2015.
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A criação da Metal Portugal está inserida na estratégia de reforço da internacionalização do setor, que compete com o que melhor se faz a nível mundial, onde se destacam os gigantes alemães e asiáticos.
Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e Afins de Portugal, explicou, aquando da sua intervenção, que “era fundamental definir uma marca para acompanhar o posicionamento e o destaque que o setor tem ganho nos últimos anos”. Acrescentou ainda que "a Metal Portugal pretende cumprir esse objetivo, transmitindo o dinamismo, solidez, tecnologia e modernidade que caraterizam o metal português e pelos quais já somos reconhecidos"
Para o aumento das exportações tem contribuído a aposta do setor em inovação, visível no aumento crescente da produção de peças técnicas, que já representam um volume de negócios superior a seis mil milhões de euros, e a forte diversificação de mercados.
O sector metalúrgico e metalomecânico representa cerca de 15 mil empresas e emprega 200 mil colaboradores, que trabalham em atividades tão diferentes como a metalurgia, a cutelaria e louça metálica, as máquinas e equipamentos, os produtos metálicos, os equipamentos de transporte e fabrico de peças técnicas utilizadas no setor automóvel, na aeronáutica e na indústria nuclear, entre outras."
Fonte: Jornal Público